quinta-feira, 10 de março de 2011

Desvendando as piscinas no litoral sul de Pernambuco

Elas são formadas por cordões de arrecifes de corais e surgem no vaivém das marés, mais acentuado nas luas cheia e nova. Geralmente com águas mornas, são o paraíso para quem gosta de se banhar cercado de peixinhos coloridos. Desvendamos a rota das piscinas naturais entre Porto de Galinhas, distrito de Ipojuca, no litoral sul de Pernambuco e Maragogi (AL).


Entre uma e outra ponta são 81 quilômetros de puro deleite. Mas desfrutar toda esta beleza pressupõe responsabilidade, tanto das prefeituras locais quanto dos donos de hotéis e restaurantes, e, claro, dos banhistas. Afinal, trata-se de um ecossistema frágil, que se ressente do pisoteamento e do aquecimento global. Depende somente de nós o privilégio de continuar a apreciá-lo.
Banho revigorante

Desfrutar as águas mornas e peixes coloridos das piscinas naturais tem seu preço. É preciso cuidado para não descaracterizar estes espaços, afinal de contas os corais estão por todos os lados, há uma importante biodiversidade local que pode se ressentir do pisoteamento e da presença das pessoas, com seus indefectíveis filtros solares e até bronzeadores que alteram o pH da água. Ciente disso, a Prefeitura de Ipojuca instalou monitores ambientais na entrada das piscinas.

O banhista tem direito de permanecer no máximo 20 minutos no local. Mas, no alto verão, as piscinas naturais de Porto de Galinhas não têm descanso e as jangadas que levam os banhistas até lá fazem mão dupla no lugar. É um entra-e-sai de gente tão grande que fica difícil conseguir um lugarzinho ao sol para observar os peixes. O mais frequente deles é o peixe-palhaço, listrado de amarelo e preto. De tão acostumados que estão com as pessoas, é só fazer movimento com as mãos, como se fosse alimentá-los, que eles se juntam em volta. Engana-se quempensa que alimentar os peixes é proibido. Os jangadeiros vendem ração balanceada - não é à toa que os peixes ficaram viciados. Muitos visitantes preferem chegar às piscinas naturais de jangada (R$ 5/pessoa), o que pode até ser mais seguro por causa da maré que, dependendo do dia, sobe rápido. Mas também dá para chegar até lá caminhando pela água. Nos recifes, chama atenção um desenho em forma de mapa do Brasil.

Depois de interagir com os peixinhos, boa ideia é conhecer as praias em volta. Camboa está mais próxima ao Porto de Suape. Muro Alto, onde se instalaram os resorts, é caracterizada por um enorme arrecife e ganhou este nome por causa de sua formação rochosa. Cupe, com seu pontal, tem fileiras de coqueiros e, junto com Merepe, é bastante procurada por quem gosta de esportes radicais. Seguem Maracaípe, Pontal do Maracaípe, Enseadinha, Serrambi, Toquinho, Guadalupe, de onde se pode ir à Ilha de Santo Aleixo. Andando um pouco mais, já no município de Tamandaré, chega-se à Praia de Carneiros, um capricho danatureza, com belíssimas piscinas naturais e um clima bem menos ´crowd` do que Porto de Galinhas.

No reino do Hippocampus
Antes, entretanto, voltemos à Maracaípe e seu pontal. O local é point para surfistas. O encontro com o Rio Formoso e a presença de mangues ensejam vários passeios interessantes. Num deles, você pega uma jangada para ver o cavalo-marinho, já uma atração do lugar (R$ 10/pessoa). Entre as várias espécies, apenas o Hippocampus reidi foi encontrado na região.A atividade já foi meio aleatória, mas depois que entrou em cena o Projeto Hypocampus (www.projetohippocampus.org) eles aprenderam que todo cuidado é pouco com o cavalo-marinho.

No vaivém das marés

Muito menos movimentada do que Porto de Galinhas, Carneiros, pertencente ao município de Tamandaré, é um pedacinho do paraíso, com cinco quilômetros de coqueiros e uma paredão de recifes. Por causa da maré, que quando baixa forma as piscinas naturais, o cenário muda radicalmente da manhã para a tarde. Você pode chegar até lá de catamarã, saindo da Praia de Guadalupe, num dos passeios que são vendidos em Porto de Galinhas. Também pode chegar de carro.

Ao chegar à praia, renda-se ou não ao monopólio de seis bares/restaurantes, que cobram R$ 50 de consumação por pessoa. São eles Bora Bora, Beijupirá, Pescador, Ariquindá, Jobá e Prainha. O único problema nesta praia é que quem gosta de sossego absoluto pode não gostar das levas de turistas que descem dos catamarãs e se fixam nos bares, o que incomoda mais em alta temporada. O melhor talvez seja se hospedar no local, para curti-lo fora destes períodos de maior movimento. Há várias pousadas charmosas e a pouquíssimos metros da praia e também possibilidade de alugar casas. É uma delícia passar horas lagarteando nas piscinas naturais e, quando a maré sobe, caminhar pela praia até a igrejinha local. Se não quiser andar, tem um passeio de charrete até lá.
Pintada de verde e branco e rodeada de coqueiros que a protegem contra a força da maré alta, a Igreja de São Benedito foi construída em 1910. Podem-se agendar passeios no local que levam para um banho de argila mineral ou para conhecer detalhes históricos, como a batalha entre holandeses e pernambucanos, que ficou conhecida como a Batalha do Reduto. Entre as atrações, estão ainda o manguezal preservado do Rio Formoso, a Ilha do Coqueiro Solitário e o encontro dos rios Formoso, Ariquindá e das Garças.

Muito menos movimentada do que Porto de Galinhas, Carneiros, pertencente ao município de Tamandaré, é um pedacinho do paraíso, com cinco quilômetros de coqueiros e uma paredão de recifes. Por causa da maré, que quando baixa forma as piscinas naturais, o cenário muda radicalmente da manhã para a tarde. Você pode chegar até lá de catamarã, saindo da Praia de Guadalupe, num dos passeios que são vendidos em Porto de Galinhas. Também pode chegar de carro.




Ao chegar à praia, renda-se ou não ao monopólio de seis bares/restaurantes, que cobram R$ 50 de consumação por pessoa. São eles Bora Bora, Beijupirá, Pescador, Ariquindá, Jobá e Prainha. O único problema nesta praia é que quem gosta de sossego absoluto pode não gostar das levas de turistas que descem dos catamarãs e se fixam nos bares, o que incomoda mais em alta temporada. O melhor talvez seja se hospedar no local, para curti-lo fora destes períodos de maior movimento. Há várias pousadas charmosas e a pouquíssimos metros da praia e também possibilidade de alugar casas. É uma delícia passar horas lagarteando nas piscinas naturais e, quando a maré sobe, caminhar pela praia até a igrejinha local. Se não quiser andar, tem um passeio de charrete até lá.



Pintada de verde e branco e rodeada de coqueiros que a protegem contra a força da maré alta, a Igreja de São Benedito foi construída em 1910. Podem-se agendar passeios no local que levam para um banho de argila mineral ou para conhecer detalhes históricos, como a batalha entre holandeses e pernambucanos, que ficou conhecida como a Batalha do Reduto. Entre as atrações, estão ainda o manguezal preservado do Rio Formoso, a Ilha do Coqueiro Solitário e o encontro dos rios Formoso, Ariquindá e das Garças.







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